Uniformes brasileiros nas Paralimpíadas de Tóquio: peças unem moda, conforto e inclusão
Além de brilharem nos pódios, os atletas do Time Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio também são destaque pelos uniformes usados nos jogos. Muito mais que estética, as peças carregam símbolos extremamente importantes de inclusão e acessibilidade, princípio usado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para a criação dos uniformes.
O objetivo da equipe de design da CPB era desenvolver peças considerando as necessidades e particularidades das deficiências de cada paratleta. Mas, além disso, eles tinham o propósito de mostrar ao mundo que uma pessoa com deficiência pode, sim, ser veloz, forte e ter técnica apurada, assim como qualquer outro atleta.
Incrível, não é? Já podemos afirmar que o objetivo das peças foi alcançado com sucesso.
Neste artigo, nós vamos mostrar como os uniformes brasileiros das Paralimpíadas de Tóquio podem servir como inspiração para a criação dos trajes do time de campeões da sua empresa. Acompanhe!
Moda e inclusão nos uniformes brasileiros das Paralimpíadas de Tóquio
Os uniformes brasileiros das Paralimpíadas de Tóquio arrancaram suspiros desde que foram apresentados na live realizada pelo CPB em maio deste ano. Na ocasião, Izabelle Marques, ativista do pensamento inclusivo na moda, foi convidada para experimentar as peças em primeira mão.
Em entrevista à Revista Vogue, ela destacou a importância de ter uniformes com o princípio de acessibilidade, o que nunca havia acontecido em outras edições dos Jogos Paralímpicos.
“É um momento muito importante para as pessoas com deficiência. Os uniformes têm muitas funcionalidades, um poder maior de equidade entre os paratletas, pois todos terão condições de estarem confortáveis em seus papéis de indivíduos e ao mesmo tempo, de atleta, sem distinção. Neste caso, a moda se mostra importante, mais uma vez, quando pensamos nas vertentes de inclusão: seja para o desenvolvimento de um novo produto ou para fazer com que uma pessoa se sinta parte e reconhecida dentro de um grupo”, declara Belly.
Assim, as 120 peças foram pensadas para que os competidores tivessem o máximo conforto, o melhor rendimento e, em simultâneo, se sentissem inseridas no mundo. Os uniformes cumprem a função social de quebrar qualquer tipo de estereótipo contra pessoas com deficiência.
Uniformes desenvolvidos com a participação dos atletas
Os uniformes paralímpicos foram desenvolvidos pela equipe de design do CPB, porém, os atletas também participaram do processo de criação. Como a ideia era criar peças exclusivas para cada um deles, os profissionais do Comitê Brasileiro consideraram interessante que eles contribuíssem com a elaboração das peças.
“Foi um desafio grande produzir os uniformes, porque não só pensamos na beleza estética e conforto técnico para competir. Ainda mais com atletas com deficiências diferentes. Para que eles sentissem orgulho de vestir o uniforme do Brasil, fizemos as peças conversando com os atletas, eles fizeram parte do processo desde o início”, declarou Alberto Martins, diretor técnico do CPB.
No mundo corporativo, a participação dos colaboradores no desenvolvimento dos trajes é uma forma de mantê-los motivados por escolherem um modelo que realmente gostem e os façam sentir-se bem. Além disso, demonstra uma preocupação da marca com o seu time, uma vez que considera a opinião da equipe para criar os uniformes.
Acessibilidade presente nos uniformes brasileiros das Paralimpíadas de Tóquio
O ponto-alto dos uniformes paralímpicos são os detalhes inclusivos que o CPB desenvolveu para cada modalidade esportiva.
Começando pelo zíper ergonômico (mostrado na segunda foto) desenvolvido para atletas com alguma limitação motora ou articular nas mãos. Assim, eles podem movê-lo sem muito esforço. Já as calças possuem uma abertura lateral na barra para facilitar a passagem da prótese dos competidores com membros inferiores amputados, como mostra a imagem abaixo.
No atletismo, canoagem e remo, as leggings têm uma barra diferenciada para garantir a segurança dos movimentos durante as competições. Os tops, por sua vez, possuem alças retas, sem o “cruzamento” tradicional nas costas. A ideia é que os esportistas com deficiências visuais consigam vesti-los facilmente.
A preocupação do Comitê Brasileiro com os uniformes inclusivos também se estendeu às peças da linha passeio, ou seja, aquelas em que os esportistas usam fora das quadras, pistas e ginásios. Nos modelos dessa linha, foram colocadas etiquetas com braille para mostrar qual é a cor das peças aos paratletas com deficiência visual. Ideia que foi muito bem recebida por eles:
“A etiqueta em braille foi um grande diferencial nessa coleção. Com certeza vai dar mais autonomia para os atletas com deficiência visual. Geralmente, tínhamos que pedir para os nossos guias auxiliarem no momento de nos arrumar. Agora, vou conseguir preparar o uniforme sozinha”, disse a velocista Lorena Spoladore, em nota à imprensa do CPB.
Uniformes corporativos desenvolvidos de acordo com as necessidades dos colaboradores
Nas empresas, a lógica dos uniformes desenvolvidos de acordo com as necessidades da equipe permanece.
É importante considerar o clima da região, as condições térmicas do ambiente de trabalho e a função do colaborador que irá usar a peça. Dessa forma, se ele ocupa um cargo em que é necessário se movimentar bastante durante toda a sua jornada de trabalho, invista em um tecido e corte que ofereça mais mobilidade. Se o setor tiver uma temperatura elevada, escolha um material têxtil mais fresco, caso contrário, uniformes com mangas longas são as melhores opções.
Também é importante desenvolver peças sob medida para aqueles com alguma deficiência e pessoas que vestem tamanhos fora da grade, sejam numerações menores ou maiores. Na W3, nós produzimos com base em uma peça do mesmo modelo do colaborador com essas demandas.
No caso dos paratletas, além das adaptações citadas ao longo do texto, os profissionais optaram por tecidos maleáveis para quem não tem força nas mãos ou braços, por exemplo.
Faça uniformes lindos e com propósito para o seu time na W3
O Comitê Paralímpico Brasileiro arrasou nos uniformes do Time Brasil para as Paralimpíadas de Tóquio, não é? Além de estética e conforto, as peças carregam valores essenciais de inclusão para os nossos atletas e para nós, que assistimos aos jogos e torcemos pela conquista de cada um deles.
Você também pode criar uniformes lindos e com propósitos para o seu time. A W3 se coloca à disposição para ajudá-lo a desenvolver os modelos que mais refletem a sua empresa e a mensagem que você deseja passar.