Uniformes nas Olimpíadas de Tóquio: 6 inspirações para sua marca, independente da área
Os uniformes nas Olimpíadas de Tóquio chamaram tanta atenção quanto alguns pódios. Da representatividade à estética, a capital do Japão foi uma passarela de inspirações. E não se engane em acreditar que só são legais para quem é da área esportiva. As peças podem inspirar produções em qualquer segmento, como vamos te mostrar.
1. Use uniformes para mostrar quais são suas causas: Nike Lorenz com as cores do arco-íris
As cores do arco-íris apareceram em diversas partes do uniforme de Nike Lorenz, capitã da seleção alemã de Hóquei. A atleta fez a escolha para apoiar a comunidade LGBTQIA+, o Comitê Olímpico Internacional (COI) autorizou.
A pesquisa Global Consumer Pulse mostrou que 83% dos brasileiros dão preferência a marcas com valores alinhados aos deles. 76% esperam que as empresas se posicionem sobre as questões sociais, culturais, sustentabilidade e política.
Assim, você pode usar seu uniforme para mostrar quais são as causas defendidas por sua empresa. Uma orientação essencial é nunca defender uma causa apenas porque a sociedade está pedindo um posicionamento das marcas.
Entenda quais questões são importantes para a empresa, quais ressoam na realidade, na forma como lida com seus funcionários, clientes, produtos e outros.
2. Contra o machismo: uniformes femininos em Tóquio 2020
Mulheres de biquíni na arena de areia, ginastas com collants cavados. Isso nunca havia sido questionado. Nessas Olimpíadas, a equipe alemã de ginástica artística usou macacões compridos. As atletas alegaram que a mudança tinha como objetivo lutar contra a sexualização das mulheres no esporte.
A ginasta Pauline Schäfer disse em uma entrevista à Uol Esporte:
“Temos a ideia de que cada ginasta deve estar confortável com as roupas que usa, e, por isso, criamos essa vestimenta. É muito importante que cada mulher use aquilo que ela quiser”.
Diante da ação, outras atletas comentaram sobre o desconforto que sentem ao vestir uniformes nos quais o corpo fica exposto em diversas matérias.
Carol Solberg, jogadora de vôlei de praia, afirmou à Trip gostar dos biquínis, mas que também foi vítima de fotógrafos em busca de imagens sexualizadas.
“Muitas vezes a gente joga em lugares tipo a Noruega, e entra uma frente fria que é um gelo. E aí rola esse assunto: “Mas vai jogar de roupa? É ruim para a televisão!”. Por quê? É triste pensar que um esporte está ligado à pessoa ligar a televisão e ver um monte de mulher de biquíni, não é esse o jogo”, revelou.
Atletas da Seleção de Handball de praia também recorreram a um uniforme mais confortável e foram multadas por irem contra as regras. Elas já sabiam sobre a punição quando decidiram usar shorts em vez de biquíni.
“Estamos muito orgulhosos dessas meninas que, durante o Campeonato Europeu, levantaram suas vozes e anunciaram um basta!”, diz trecho da nota da Confederação Norueguesa de Handball de Areia.
O esporte ainda não é olímpico, mas ilustra bem como o uniforme pode ser usado para sexualizar as mulheres.
Em ações promocionais ou na empresa, nunca pense em uniformes sensuais para as colaboradoras. Chame atenção para sua marca de outras maneiras.
3. Mostre suas conquistas no uniforme: Simone Biles
Você notou que nas costas do collant de Simone Biles tem uma cabra bordada? O nome do animal em inglês é goat, sigla para Great of All the Times, a melhor de todos os tempos. Conhecida pela genialidade na ginástica artística, Biles reafirmou quem é no uniforme.
Nas empresas, você pode mostrar quais são suas certificações e títulos, assim como times de futebol tem estrelas para mostrar quantos títulos têm de importantes campeonatos. Brasões também mostram tradição e credibilidade.
4. Trabalhe o orgulho de pertencer: engajamento da torcida brasileira
A nação verde e amarela afirmou várias vezes sentir-se orgulhosa do país nas Olimpíadas de Tóquio. Ver os atletas subindo ao pódio e ouvir o hino ganharam importantes significados na edição dos jogos que o Time Brasil bateu recorde de medalhas.
As cores e símbolos do país foram essenciais para identificar para quem deveríamos enviar energia. Afinal, é nas Olimpíadas que diversos talentos são revelados. Ou vai me dizer que você já conhecia Rayssa Leal, Ítalo Ferreira e até mesmo Rebecca Andrade?
5. Uniformes aliados da performance e da sustentabilidade
A Peak, patrocinadora dos uniformes do pódio e treino brasileiros, investiu em tecnologia para os atletas adaptarem-se melhor ao calor e umidade da capital japonesa nesta época do ano.
Maneiras de lidar com calor foram preocupação de várias delegações. Logo na abertura, a Ralph Lauren criou blazers com um sistema de resfriamento para os atletas americanos.
A delegação japonesa, além de pensar no conforto térmico, criou uniformes sustentáveis. A Asics fez uma campanha para recolher material plástico reciclável. Com eles, criou abrigos de um poliéster com textura de algodão. Ex-atletas também doaram uniformes para serem reciclados.
Todos os uniformes esportivos, em especial os de atletas de alto rendimento, são desenvolvidos para proporcionar conforto e performance. E, mais recentemente, o esporte também está dando exemplo de como a moda, responsável por 10% da emissão de carbono no mundo, pode ser aliada da natureza.
Já pensou nessas questões para sua marca?
6. Mostre sua identidade e diferencie-se: Brasil e Libéria
Na abertura das Olimpíadas de Tóquio, os uniformes brasileiros e da Libéria destacaram-se. Com Havaianas nos pés, estampa inspirada na fauna e flora amazônica junto à caligrafia japonesa, muita gente afirmou que usaria o uniforme da delegação brazuca. Não é para menos, ficou linda, traduziu muito bem a identidade do país.
Já os liberianos chamaram atenção pelo design assinado por Telfar Clements, um estilista líbero-americano. De convidado para desenhar as peças, ele tornou-se patrocinador da delegação que estava sem patrocínio há duas décadas.
Será que sua marca também pode diferenciar-se por meio da identidade que possui? O que você tem de único que vai gerar identificação com o público?
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